segunda-feira, 23 de abril de 2007

Caça-níquel transformado


Rio - A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia vai solicitar ao Tribunal de Justiça a liberação das máquinas caça-níqueis apreendidas nas operações da Polícia Federal para serem transformadas em computadores. Segundo técnicos do Instituto Superior de Informática da Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica), a conversão custaria entre R$ 100 e R$ 350 por máquina, ou seja, 20% do custo de um computador novo. Os equipamentos seriam utilizados em projetos de inclusão digital nas escolas da rede estadual.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, irá a Brasília, onde pretende apresentar a sugestão ao ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele também solicitará audiência com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Murta Ribeiro, e enviou ofício ao diretor da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. “A informação que tenho é que as máquinas apreendidas serão destruídas. Nossa proposta é que a Justiça deixe os caça-níqueis à disposição da Faetec, que está preparada para fazer esta conversão”, disse Cardoso, contabilizando uma capacidade inicial de produção de 5 mil computadores.
Segundo análise dos técnicos da Faetec, os caça-níqueis têm os elementos essenciais à transformação, como CPU (Unidade Central de Processamento) e placa mãe, responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. “Precisaríamos adquirir apenas gabinete, teclado e, em alguns casos, o monitor. Mas essas máquinas novas são tão sofisticadas que conseguiríamos aproveitar também o monitor”, disse o secretário.
Se a proposta for aceita pela Justiça, será criado na Faetec de Quintino um laboratório para a conversão dos caça-níqueis.

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