Aquecimento é considerado ameaça em vários países
Uma consulta internacional sobre mudança climática revelou que a maioria das pessoas em muitos países, com exceção dos Estados Unidos, vê o aquecimento global como uma ameaça crítica.
A consulta, realizada pelo The Chicago Council sobre Assuntos Globais e pela organização WorldPublicOpinion.org, em cooperação com outros institutos de pesquisa, revelou que 46% dos americanos acreditam que o aquecimento global é uma "ameaça crítica" em contraste com os 39% que pensam que é uma "ameaça importante, mas não crítica" e 13% dos que acreditam não ser absolutamente uma ameaça crítica.
A maioria dos entrevistados em México (70%), Austrália (69%), Coréia do Sul (67%), Irã (61%) e Israel (52%) disse acreditar que o aquecimento global é uma ameaça crítica, enquanto na Ucrânia apenas 33% disseram se sentir desta forma. Perguntados se medidas imediatas deveriam ser tomadas para combater o aquecimento global, mesmo que representem custos significativos, 43% dos americanos concordaram contra 69% dos australianos, 54% dos israelenses e 42% dos chineses.
Steven Kull, editor do WorldPublicOpinion.org, disse que embora a maioria absoluta dos entrevistados em todos os países ainda precise avaliar quão sério é o problema do aquecimento global, as descobertas da pesquisa são encorajadoras, pois apontam para uma percepção generalizada de que é preciso agir.
"Considerando que este problema é discutido há apenas cerca de duas décadas, o fato de já termos um consenso global de que é necessário agir e que se trata de uma ameaça séria é notável", disse Kull. "O público ao redor do mundo parece estar algo à frente de onde estão os governos em termos de resposta", acrescentou. "O que é realmente impressionante é que o público, mesmo aquele que não é bem informado sobre o tema, está preparado para pagar o preço e os governos não acompanham" esta consciência, emendou.
Quando às descobertas feitas nos Estados Unidos, o maior emissor do mundo de gases de efeito estufa, Kull disse que é significativo o aumento contínuo do número de americanos dispostos a pagar o preço de enfrentar o problema do aquecimento. "O que é mais importante é que apenas 17% endossam a posição da administração Bush de que não deveríamos fazer nada com custo econômico até que estejamos mais certos de que o aquecimento global é realmente um problema", disse Kull.
A consulta, com margem de erro de 3-4%, foi realizada em diferentes períodos do ano de 2006 em 17 países e nos territórios palestinos. Algumas perguntas não foram feitas em todos os países. As entrevistas foram realizadas em China, Índia, Estados Unidos, Indonésia, Rússia, Tailândia, Ucrânia, Polônia, Irã, México, Coréia do Sul, Filipinas, Austrália, Peru, Argentina, Israel e Armênia.
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