quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

A morte de Airton senna

Em 1 de maio de 1994, o Brasil acompanhou pela televisão a morte de um grande herói. Na sétima volta do Grande Prêmio de San Marino, o piloto Ayrton Senna da Silva, viu-se com o volante do carro solto nas mãos. A barra que o prendia à direção se partira no limiar de uma curva. O piloto habilidoso subitamente descobriu-se impotente para fazer o que melhor sabia: manobrar o veículo. Empunhando o volante inútil como a um escudo, espatifou-se contra um muro de concreto a 300 Km/h. Em estado de choque diante do televisor, milhões de brasileiros viram o ídolo desfalecido e ensangüentado agonizar. Aos 34 anos, morria o piloto cujas vitórias na Fórmula 1 enchiam de orgulho patriótico as manhãs de domingo.

Ayrton prenunciava a carreira brilhante no automobilismo desde a infância. Com o kart construído pelo pai, o menino paulista fez sua primeira corrida com oito anos. Meteu a mão em um saco plástico e de lá tirou o papelzinho com o número 1 escrito. Conquistava assim sua primeira "pole position". Disputando com adversários maiores de 18 anos, disparou na frente e liderou a corrida até três voltas do final, quando foi abalroado e capotou.

Multicampeão de kart, Fórmula-Ford e Fórmula-3, Senna entrou pela primeira vez na Fórmula 1 em 1983. Convidado a testar um protótipo, simplesmente bateu o recorde do circuito de Donington, na Inglaterra. No ano seguinte, estreava como piloto da equipe Toleman. Chamou a atenção por compensar no braço a diferença de motor entre sua barratinha e os melhores carros.

A primeira vitória viria em Detroit, em 1986, a bordo de uma Lotus preta e dourada. Na véspera, a Seleção Brasileira fora eliminada da Copa do Mundo. O país vivia uma grande ressaca esportiva.

Extravasando a frustração nacional, Senna venceu e desfilou pelo circuito com uma bandeira verde e amarela desfraldada. Em um período em que o futebol e a economia do país viviam o pior momento, ele dirigia uma máquina de alta tecnologia e fazia pilotos do mundo todo comerem sua poeira. Acabou convertido em símbolo do que os brasileiros esperavam de si e do país.

Convidado a correr pela poderosa equipe McLaren em 1988, obteve o primeiro dos seus três títulos mundiais. Encarado como um fenômeno pelos especialistas, tornou-se recordista de pole positions, de voltas no comando, de poles sucessivas e de vitórias ponta a ponta.

Ao morrer, dois meses antes de o Brasil voltar a vencer uma Copa do Mundo, deixava sobretudo a imagem de piloto que se entregava por inteiro.

Um comentário:

maycon guilherme disse...

enteressante
pessam seus amigos para entrarem